Transtorno de Oposição Desafiante
- Luanda Farala CRP 07/27938
- 23 de abr. de 2018
- 2 min de leitura

O TOD (Transtorno de Oposição Desafiante) é um tipo de transtorno de conduta caracterizado essencialmente por um padrão de humor raivoso, irritável, e de comportamento provocador, desobediente ou perturbador. Segundo o DSM-V, para fins diagnósticos, o indivíduo deve apresentar pelo menos quatro dos sintomas abaixo, por pelo menos seis meses:
Com frequência perde a calma;
Com frequência é sensível ou facilmente incomodado;
Com frequência é raivoso e ressentido;
Frequentemente questiona figuras de autoridade;
Frequentemente desafia acintosamente ou se recusa a obedecer a regras ou pedidos de figuras de autoridade;
Frequentemente incomoda deliberadamente outras pessoas;
Frequentemente culpa outros por seus erros ou mau comportamento;
Foi malvado ou vingativo pelo menos duas vezes nos últimos seis meses.
A gravidade do transtorno é especificada de acordo com a quantidade de ambientes em que os sintomas se manifestam. É considerado leve quando os sintomas limitam-se a apenas um ambiente (casa, escola, trabalho, amigos). Moderado quando alguns sintomas estão presentes em pelo menos dois ambientes, e grave quando alguns sintomas estão presentes em três ou mais ambientes.
Não existe uma causa específica para este transtorno, mas acredita-se que fatores genéticos associados a desencadeadores ambientais podem estar associados. O tratamento através da psicoterapia busca melhorar as habilidades de resolução de problemas, de comunicação, bem como controle de impulsos do indivíduo.
Em casos com crianças, é extremamente importante que os pais e/ou responsáveis sejam orientados com relação ao manejo em casa. É fundamental o estabelecimento de regras firmes e claras, mas flexíveis para permitir experimentação e escolha, respeito e acolhimento para ouvir as demandas da criança, e liberdade que permita o processo de crescimento e construção de individualidade. A criança precisa entender que decisões pensadas em conjunto para o bem de todos são vantajosas e ela pode passar a ganhar muito mais por este caminho.
Os cuidadores devem ter a mesma filosofia, se não a criança sempre tenderá a seguir aquele que é mais permissivo.
Dicas úteis na condução de crianças opositoras:
Os cuidadores devem falar a mesma língua e concordar sempre nas mesmas regras e no cumprimento das rotinas diárias;
Olhe nos olhos e seja direto. É importante falar de forma clara e objetiva evitando ficar se justificando ou prolongando a conversa;
A criança precisa viver em um ambiente organizado, estruturalmente afetuoso;
Conviva e descubra as preferências, gosto e momentos gostosos junto da criança, isso auxilia na interação e aumenta o vínculo afetivo;
Seja o exemplo para seu filho(a). Aja positivamente para que a criança copie e siga;
Ignore os tropeços;
Castigos e punições tem pouca eficácia. Elogie o que ele (a) faz de bom, ressalte mais seus acertos ao invés de ficar falando reiteradamente de seus erros.

Luanda Farala CRP 07/27938
Graduada em Psicologia pela PUC-RS
Trabalho fundamentada nas abordagens da Psicologia Positiva, e Cognitivo Comportamental.
Colunista Psiconectado
Intagram @_mindfullife
Comments