VÍTIMAS DA PRESSA

Natália Vinhas CRP 12/12182
30 de mai. de 2018
2 min de leitura

Começamos o texto com uma alerta: A Organização Mundial da Saúde aponta que os números de pessoas que sofrem de ansiedade não param de crescer. E você já reparou como o mundo de fato anda mais ansioso?

Esta não é uma estatística à toa, aquela que passa despercebida, convivemos diariamente com a ansiedade ou com aqueles que sofrem com a doença.

Mas o que anda acontecendo?

Doenças físicas e mentais acabam sendo reflexos do momento de vida, do período em que o homem está inserido. O transtorno do estresse pós-traumático, por exemplo foram bastante observados no pós-guerra, principalmente entre os soldados.

Mas, e a ansiedade?

O mundo contemporâneo traz a intolerância como um dos efeitos colaterais dos dias atuais. A intolerância tem a ver com a questão de espera. Somos exigidos a cada dia a dar conta das tarefas em uma velocidade grande. Essa questão da velocidade e o cumprimento de metas que se é exigido gera muita ansiedade.

No século em que vivemos, o sentimento é de constante perigo. Existe uma preocupação crônica em relação a tudo e estamos sempre sofrendo por antecipação, pois a mente do ansioso nunca para não consegue relaxar, se antecipa no que possa a vir, deixando de viver o presente. Ele é vítima da pressa!

Dessa forma o que é algo biológico do ser humano acaba sendo patológico, trazendo prejuízos, pois o excesso de ansiedade pode gerar o oposto da aceleração uma sensação de paralisia, falta de concentração, mau humor, cansaço, sensação de medo, além dos sintomas de taquicardia, sudorese, tremores, sensação de desmaios, etc.

Precisamos aprender a cuidar da nossa mente e não deixar que a ansiedade saia fora do controle. Dasacelere!

Referência:

American Psychiatry Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders - DSM-5. 5th.ed. Washington: American Psychiatric Association, 2013.